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Primeira Conselheira Negra na Comissão de Ética Pública
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou, em 05 de setembro de 2023, a advogada Marcelise de Miranda Azevedo como conselheira da Comissão de Ética Pública da Presidência da República (CEP).
Marcelise quebrou barreiras ao se tornar a primeira mulher negra a ocupar este importante cargo, assumindo um mandato de três anos no colegiado. A nomeação dela foi oficializada no Diário Oficial da União.
A CEP é uma instituição crucial encarregada de investigar denúncias envolvendo membros do governo e tomar medidas como advertências, censuras éticas e, em casos extremos, sugerir exonerações das autoridades sob sua competência. Composta por sete integrantes, a inclusão de Marcelise representa um passo significativo rumo à diversidade e representatividade no âmbito da ética governamental.
Com 49 anos de idade, Marcelise é uma profissional engajada e participa ativamente de diversas organizações, demonstrando seu compromisso com questões sociais e éticas.
Ela faz parte do Conselho Executivo da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), do grupo Prerrogativas, do Coletivo Nacional de Advogados de Servidores Públicos (Cnasp), do Coletivo de Juristas Negras, da Coalizão Nacional de Mulheres e da Rede Lado de escritórios de advocacia social.
Dentre essas organizações, o grupo Prerrogativas ganhou destaque notável desde sua criação em 2014. Seu principal objetivo foi discutir e analisar o avanço da Operação Lava Jato, que foi iniciada naquele ano e teve o ex-presidente Lula como um dos seus principais alvos.
Marcelise, natural do Maranhão, conquistou seu diploma de Direito em 1997 pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (Uniceb). Seu currículo impressionante inclui atuação em tribunais superiores e pós-graduações em Direito e Processo do Trabalho, bem como em Direito Previdenciário.
A nomeação de Marcelise de Miranda Azevedo para a CEP é uma resposta à pressão interna da base de Lula, que reivindicou maior representatividade negra no alto escalão do governo. Essa decisão reforça o compromisso com a diversidade e a inclusão, marcando um momento importante na história do Brasil.
Esta nomeação representa um avanço significativo na busca pela igualdade e pela representatividade nas esferas de decisão do país. Como essa nomeação pode influenciar futuras políticas de ética e diversidade no governo?
Leia aqui: A Importância da Primeira Conselheira Negra na Comissão de Ética Pública
